Au sujet de l'auteur - Sobre o autor

Descobriu a fotografia com 14 anos e apaixonado esteve com ela envolvido toda a sua vida. Após um lapso temporal de quase 10 anos afastado desta paixao, se depara com ela ao partir de viagem para Montreal em junho de 2011, quando adquire um novo equipamento (Rebel T3) e encontrando o ambiente perfeito para retomar a relaçao com a fotografia (ha tanto adormecida) recomeça timidamente a fazer pequenos disparos, guardando olhares e sorrisos, uma vez encantado pela fotografia de retratos.
Se relacionando com artistas do meio, com amplo conhecimento do tema (tais quais Alê Vega e Jera Cravo) começa a aprender mais à fundo conhecimentos e técnicas antes exploradas por feeling, agora tornando-se verdadeiros entendimentos da arte fotográfica.
Vê-se aqui alguns dos shoots realizado por um fotografo que ha muito se prendia ao por do sol e ao nascer da lua, nas margens do Rio Guajara (Pará - BR) e às beiras da estrada na amazonia ocidental.
Rubem Ribeiro © é baiano, nascido em 1977, na cidade de Salvador - BA, de onde aprendeu a observar imagens belas de arrombar a retina.

sábado, 23 de março de 2019

Black

Sheets of empty canvas
Untouched sheets of clay
Were laid spread out before me
As her body once did
All five horizons
Revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed
Has taken a turn
Oh and all I taught her was everything
Oh I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands
Chafe beneath the clouds
Of what was everything
Oh the pictures have
All been washed in black
Tattooed everything
I take a walk outside
I'm surrounded by
Some kids at play
I can feel their laughter
So why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin
Round my head
I'm spinning
Oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away
And now my bitter hands
Cradle broken glass
Of what was everything
All the pictures had
All been washed in black
Tattooed everything
All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see
All that I am
All I'll be
Yeah
I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a star
In somebody else's sky
But why
Why
Why can't it be
Why can't it be mine

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

RECEITA DE ANO NOVO

Carlos Drummond de Andrade
Drummond
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?) 

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver. 

Drummond
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade